É lamentável vermos
pessoas sofrendo porque ainda não perceberam a diferença entre os
problemas que surgem em nossas vidas sem a nossa interferência e aqueles
que são resultado de decisões erradas que tomamos. Podemos chamá-los,
respectivamente, de fatalidade e consequência.
Fatalidade é aquilo que não podemos
evitar, mas consequência é aquilo que é lógico, matemático, previsível,
etc. Assim como dois e dois são quatro em qualquer lugar do mundo, as
escolhas erradas que fazemos vão gerar problemas que não precisaríamos
passar se escolhêssemos o correto.
Por exemplo: você entra em seu carro e
vai para o trabalho como faz todos os dias, respeita todas as normas do
trânsito, mas, repentinamente, acontece uma colisão com um carro cujo
motorista cometeu uma infração e se chocou com o seu.
Podemos dizer que isso seria uma
fatalidade. Afinal, você não pode decidir pelos outros e, por mais que
dirija com prudência, corre o risco de que isso aconteça. Por outro
lado, imagine que ao dirigir você use apenas uma mão ao volante, por
estar usando a outra para escrever e postar uma resposta pelo celular em
uma rede social. De repente, não vê que o farol fechou e bate na
traseira de outro carro.
O que seria isso? Uma fatalidade? Não!
Absolutamente! Foi uma consequência natural da decisão errada e
imprudente de dirigir e teclar ao mesmo tempo. Esse mesmo raciocínio
pode ser aplicado em todas as áreas da vida.
Quantas pessoas gemem tentando
reconquistar a confiança da pessoa amada porque se entregaram a uma
paixão e traíram conscientemente.
Outras, na vida profissional, se
envolveram em esquemas corruptos e destruíram a própria carreira em nome
de uma cobiça para conquistar mais em menos tempo.
Fica claro que na vida sempre existirão
lutas a serem travadas e problemas a serem resolvidos.
Mas é preciso que
saibamos distinguir aquilo que é fatalidade do que é consequência de
nossas próprias escolhas.
Eu sei que é muito mais fácil culpar a sorte
ou o destino, mas quem tem ciência disso certamente estará sempre à
frente dos inconsequentes.
É preciso que cada um entenda que escolher é
algo muito sério e, quando fazemos uma escolha, abrimos mão de todas as
outras possibilidades.
Infelizmente, parece que há pessoas que
têm o dom de escolher sempre o pior para si mesmas.
Uma boa dica é não
tomar nenhuma decisão em momentos em que a emoção estiver acentuada.
Em
momentos de tristeza, alegria, raiva ou qualquer tipo de comoção, não se
precipite.
Espere que passe e então decida apoiado na razão.
Você não
terá uma vida sem problemas, eles sempre existirão, mas certamente se
poupará de muitas dores.
Li esse texto é de Adilson Silva e resolvi postá-lo aqui no site.